quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Patrimônio despedaçado

Hora ou outra a mídia faz alguma matéria com construções que estão em estado lamentável de conservação. Algumas parecem que foram bombardeadas como se estivessem  localizadas em algum país em conflito. Aqui não existe guerra armada, mas alguns imóveis ficam envolvidos em batalhas judiciais, ou  hora é tão caro conserva-los que seus proprietários preferem que virem ruínas.

No dia 09/08, o jornal Folha de S. Paulo fez matéria sobre o casarão de 1913, localizado na Rua Artur Prado, no bairro da Bela Vista, que me parece que foi idealizado pelo escritório Ramos de Azevedo. Este imóvel é vizinho de outros tantos que merecem atenção e ISENÇÃO do IPTU, como o Casarão do Belvedere na Rua Pedroso. Vizinho também da polêmica Vila Itororó. 

Cobrar 25 mil de IPTU? Não consigo entender essa projeção de cobrança de IPTU para imóveis tombados.

Matéria da Folha de S. Paulo: Casarão histórico na Bela Vista ganha "muletas" para não desabar
Nos comentários, alguns leitores tratam o assunto como "lixo".

Vamos lá para algumas imagens que fiz em 2009.







Fotos: Hélio Bertolucci Jr. ©

O proprietário não deveria ser penalizado com um IPTU tão caro! A Prefeitura poderia fazer um acordo para que o valor pago do IPTU fosse investido na conservação do imóvel.  Creio que com 25 mil dê para fazer muitas coisas.



4 comentários:

Alan disse...

Esse casarão é lindo, passei muitas vezes em frente dele e é de dar dó.

Jorge Luis Stocker Jr. disse...

Muito triste o destino do patrimônio cultural brasileiro. Mais triste ainda é ler comentários pseudo-esclarecidos que parecem saídos direto do programa do Datena, nos comentários da notícia de jornal. Mas eu ainda prefiro ver isso do que a morte lenta e silenciosa. Sempre penso que, se o assunto estiver na pauta e as pessoas gritando contra, vão começar a aparecer mais as pessoas a favor que estão caladas.
Parabéns novamente pelo blog.

Hélio Bertolucci Jr. disse...

Alan,

Não vejo muito empenho das autoridades competentes para que tá imóvel seja restaurado. Acaba sendo aquilo, deixa cair e vendemos o terreno.

Hélio Bertolucci Jr. disse...

Jorge,

Vamos fazendo nosso papel de cidadão e mostrando as pessoas de que estamos sim preocupados com a história arquitetônica da cidade.
Você também faz um trabalho exemplar no RS. Parabéns.