terça-feira, 30 de agosto de 2011

Lançamento de livro

Higienópolis
Ilustração/Foto: Hélio Bertolucci Jr. ©





HIGIENÓPOLIS: GRANDEZA DE UMA BAIRRO PAULISTANO

Autor: Maria Cecília Naclério Homem

Editora: Edusp

Dia: 15/09

Local: Livraria da Vila, Shopping Higienópolis -  Av. Higienópolis, 618

Horário: 18h30 as 21h30








quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Um colosso adormecido

Hoje quero falar de uma grande construção, ou melhor dizendo, de uma grande construção fabril, localizada no bairro da Mooca. As antigas instalações da Antarctica Paulista.

No Wikipedia tem toda a história da cervejaria Antarctica, que aqui reproduzo alguns parágrafos. 

Fábrica Antarctica, Av. Presidente Wilson. Site: Saudades de Sampa

A Antarctica foi fundada em 1885 e inicialmente era um abatedouro de suínos, de propriedade de Joaquim Salles junto com outros sócios, localizada no bairro no bairro de Água Branca, na cidade de São Paulo.

A empresa possuía uma fábrica de gelo com capacidade ociosa e isso despertou o interesse do cervejeiro alemão Louis Bücher, que desde 1868 possuía uma pequena cervejaria.
Os dois empresários se associaram, e em 1888 criou-se a primeira fábrica de cerveja do país com tecnologia de baixa fermentação, com uma capacidade de produção de 6 mil litros diários. A Antarctica teve seu primeiro anúncio publicado no então jornal "A Província de São Paulo", atual estado de São Paulo, em março de 1889: "Cerveja Antarctica em garrafa e em barril - encontra-se à venda no depósito da fábrica à Rua Boa Vista, 50 [...]

[...] A sob a direção da Zerrener, Bülow & Cia. a empresa foi reorganizada e focou-se na fabricação de cerveja e refrigerantes. A partir de então recuperou-se e passou a crescer rapidamente,[2] sendo que em 1904 adquire o controle acionário da Cervejaria Bavária, na Moóca, que pertencia à Henrique Stupakoff & Cia. Neste local em 1920 passou a se situar a sede do Grupo Antarctica. [...]

 Fábrica da Antarctica bombardeada na Revolta de 1924. Site: Saudades de Sampa

A fábrica está fechada há mais de 10 anos. Em 2003 sofreu um grande incêndio, quando funcionarios da empresa Metaita Comércio de Metais, contratada pela Ambev, estavam no local  realizando o desmonte e a retirada de máquinas e equipamentos. Entre possíveis causas do incêndio foi a improvisação de uma maçarico ligado a um botijão de gás de cozinha, usado para cortar ferros.  Alguns partes próximas a antiga fábrica já foram demolidas, como a antiga Vila dos operários. 

O conjunto arquitetônico da Antarctica na Mooca está em processo de tombamento desde 2007 e até agora não deram alguma finalidade ao lugar. Algumas especulações dizem que ali até poderá funcionar o Museu da  Cerveja. De olho na grande área do seu terreno alguns projetos de torres de apartamento também estão sendo cogitados.

Em 2010 o prefeito Gilberto Kassab anunciou reurbanização da Mooca através da iniciativa privada reocupando às margens da linha férrea, marcadas por muitos galpões desativados e área invadidas. Isto quer dizer, vem ai mais demolições e pode incluir a fábrica da Antarctica.

Ali bem perto a antiga fábrica do açúcar União já foi totalmente demolida e lá está sendo construído o condomínio Luzes da Mooca. Ainda que por uma “bondade” o Conpresp solicitou que mantivessem a chaminé da fábrica. 

Será que o progresso de uma cidade só é medido com a quantidade de edifícios residenciais construídos? Onde fica a qualidade de vida, o lazer e a história da nossa cidade, do nosso país? 

Companhia Antarctica Paulista.
Fábrica Antarctica. 2007. Wilson Natale

E como será que está a fábrica hoje, em 2011? Não muito diferente de outros anos, encontra-se com os vidros das janelas todos quebrados, paredes pichadas, infiltrações, etc. 

Descobri rescentemente através do Flickr uma pessoa que fotografou a fábrica internamente e o que observamos que parece um cenário de guerra.

Mariana Mattar me autorizou utilizar suas fotos para ilustrar este post. Obrigado Mariana. 




quarta-feira, 17 de agosto de 2011

17 de Agosto: Dia do Patrimônio Histórico

Casa do Eng. Ramos de Azevedo, Liberdade. SP

Residência do engenheiro Ramos de Azevedo, localizada na Rua Pirapitingui, no
bairro da Liberdade. No local funciona a Global Editora que restaurou todo o
imóvel, mas é penalizada com altíssimo valor do IPTU, mesmo o imóvel sendo tombado.



Bela Vista

Casa escorada, localizada no bairro da Bela Vista, na Rua Artur Prado. Comentam
que tal imóvel foi idealizado pelo escritório do Eng. Ramos de Azevedo.


Bela Vista, São Paulo

Imóvel abandonado na Passagem dos Jornalistas, travessa da Rua Itapeva, na Bela Vista.
O bairro da Bela Vista (Bexiga) ainda mantém muitas residências antigas,  muitas delas hoje são cortiços, algumas estão abandonadas e raríssimas estão em bom estado de conservação.


Fachada principal da Vila Matarazzo, casa do Chefe. Belém.

Vila Matarazzo, localizada no bairro do Belenzinho, na Av. Celso Garcia. Esta era a
Casa do Chefe. As casa foram construídas para os operários das Indústrias Reunidas
Francisco Matarazzo e muitas delas foram descaracterizadas. No final da Vila, encontrava-se
a indústria que foi demolida e dará lugar a um grande conjunto habitacional.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Patrimônio despedaçado

Hora ou outra a mídia faz alguma matéria com construções que estão em estado lamentável de conservação. Algumas parecem que foram bombardeadas como se estivessem  localizadas em algum país em conflito. Aqui não existe guerra armada, mas alguns imóveis ficam envolvidos em batalhas judiciais, ou  hora é tão caro conserva-los que seus proprietários preferem que virem ruínas.

No dia 09/08, o jornal Folha de S. Paulo fez matéria sobre o casarão de 1913, localizado na Rua Artur Prado, no bairro da Bela Vista, que me parece que foi idealizado pelo escritório Ramos de Azevedo. Este imóvel é vizinho de outros tantos que merecem atenção e ISENÇÃO do IPTU, como o Casarão do Belvedere na Rua Pedroso. Vizinho também da polêmica Vila Itororó. 

Cobrar 25 mil de IPTU? Não consigo entender essa projeção de cobrança de IPTU para imóveis tombados.

Matéria da Folha de S. Paulo: Casarão histórico na Bela Vista ganha "muletas" para não desabar
Nos comentários, alguns leitores tratam o assunto como "lixo".

Vamos lá para algumas imagens que fiz em 2009.







Fotos: Hélio Bertolucci Jr. ©

O proprietário não deveria ser penalizado com um IPTU tão caro! A Prefeitura poderia fazer um acordo para que o valor pago do IPTU fosse investido na conservação do imóvel.  Creio que com 25 mil dê para fazer muitas coisas.



terça-feira, 2 de agosto de 2011

Notícias importantes na área de preservação e patrimônio

Grupo francês compra o antigo hospital Umberto Primo

O jeito é acompanhar para ver o que vai vão fazer com o antigo hospital.

Hospital Matarazzo

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Prefeitura de SP desiste de restaurar prédios na Vila Maria Zélia. 

É um absurdo esta Vila que faz parte da história da nossa cidade seja tradada assim.

Vila Maria Zélia

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Justiça manda Estado reformar antigo quartel no centro da capital

Este patrimônio está há anos abandonado e em ruínas. Para quem passa de metrô da Estação Pedro II para a Sé dá para observar ao longe esta construção caindo as pedaços, com janelas abertas. Parabéns a ONG Preserva SP.

Quartel, Baixada do Glicério

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Universitários vão avaliar fabricas antigas em São Paulo

Demorou para enxergarem o valioso patrimônio fabril existente na cidade. Mooca, Pari, Brás e Lapa são os bairros da vez. Tomara que não só preservem, mas que dêem algum utilidade a estes espaços.


Fábrica Labor, Mooca




Fotos: Hélio Bertolucci Jr. ©